Sindicato dos Oficiais Eletricistas e Trabalhadores na Indústria de Instalações Elétricas, Hidráulicas, Gás, Sanitárias e de Ar-Condicionado de Maringá
Resistência à reforma da Previdência faz governo antecipar trabalhista | Notícias | Sindicato dos Oficiais Eletricistas e Trabalhadores na Indústria de Instalações Elétricas, Hidráulicas, Gás, Sanitárias e de Ar-Condicionado de Maringá

Notícias

Resistência à reforma da Previdência faz governo antecipar trabalhista

A proposta de inversão das prioridades foi levada recentemente ao Palácio do Planalto e já obteve o aval do presidente Michel Temer, embora ainda não seja de conhecimento de todos os partidos da base. "Já fizemos a programação com a trabalhista na frente na primeira quinzena de abril", afirmou Maia.

http://www.valor.com.br/politica/4905136/resistencia-reforma-da-previdencia-faz-governo-antecipar-trabalhista

Publicado em 20/03/2017 ás 10h20

Com as dificuldades da base em votar a reforma da Previdência, e a percepção entre os aliados de que hoje ainda não há maioria para aprovar a proposta em plenário, o governo decidiu, em conjunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), inverter a ordem das reformas e votar antes as mudanças na legislação trabalhista. 
A avaliação dos articuladores políticos é que, assim, governo e Congresso demonstrarão que estão empenhados em aprovar reformas estruturantes, dando um sinal positivo ao mercado financeiro, a despeito da controvérsia com os trabalhadores e sindicatos. E ainda ganhariam mais algum tempo para articular a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Previdência.
A proposta de inversão das prioridades foi levada recentemente ao Palácio do Planalto e já obteve o aval do presidente Michel Temer, embora ainda não seja de conhecimento de todos os partidos da base. "Já fizemos a programação com a trabalhista na frente na primeira quinzena de abril", afirmou Maia.
A reforma trabalhista apressou os prazos e, antes prevista para concluir os trabalhos na comissão especial em maio, agora deve receber o parecer ao projeto quase simultaneamente ao da Previdência, no começo de abril. Se não houver atrasos, ambas ficarão prontas para votar no plenário quase que ao mesmo tempo, mas a PEC não está politicamente madura, dizem líderes.
"É uma estratégia. A reforma trabalhista é mais fácil e mais rápida, será uma força estimulante", diz um dos vice-líderes do governo, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que tem coordenado as articulações na previdência. "Será importante também porque aí você mapeia [as dissidências na base]", pontuou.
A reforma trabalhista é um projeto de lei ordinária, que depende apenas da chamada maioria simples - metade dos deputados votantes, com quórum mínimo de 257. No extremo, pode ser aprovada com o apoio de apenas 129 parlamentares. Já a reforma da previdência tem prazos mais longos, exige dois turnos de votação em plenário e quórum muito mais elevado: no mínimo 308 dos 513 deputados precisam votar a favor do projeto.
Segundo o presidente da comissão que discute a reforma trabalhista, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), a ideia é que o relator do projeto, Rogério Marinho (PSDB-RN), apresente o parecer até a segunda semana de abril. "O calendário inicial ia até maio, mas fizemos o plano de trabalho com todas as audiências públicas que a base e a oposição pediram e vamos terminar no fim do mês sem atropelar ninguém", disse.
Para Marinho, o apoio à reforma trabalhista está mais consolidado entre os deputados e na sociedade que as mudanças na previdência, por isso será mais fácil aprovar o texto. "Está mais maduro para votar", avalia.Para Marinho, o apoio à reforma trabalhista está mais consolidado entre os deputados e na sociedade que as mudanças na previdência, por isso será mais fácil aprovar o texto. "Está mais maduro para votar", avalia.
Essa estratégia, contudo, não leva em conta que a reforma da Previdência hoje está centralizando as atenções da população -entre os motivos, porque o calendário anterior previa que fosse analisada pela Câmara primeiro - e que o relator incluirá pontos polêmicos no projeto trabalhista, que podem aumentar as resistências: a jornada intermitente de trabalho (que pode ser interrompida nos horários de menor demanda); o fim do imposto sindical obrigatório; e regras para o trabalho à distância.
Apesar das discussões sobre a inversão de pauta, o governo trabalha para tentar aprovar a reforma da Previdência antes do recesso parlamentar, que ocorre em julho. Pelo novo calendário, a PEC seria votada no plenário da Câmara em primeiro turno no fim de abril, prazo que pode ficar para maio devido as resistências, que tendem a se agravar com o recesso, na avaliação do Planalto.
Conforme o Valor mostrou semana passada, há fortes críticas na base as campanhas publicitárias do governo sobre a PEC. O discurso, externado até pelo relator do projeto, deputado Arthur Maia (PPS-BA), é de que o governo está perdendo a guerra da comunicação para os movimentos contrários, o que pode levar à desidratação da proposta. mostrou semana passada, há fortes críticas na base as campanhas publicitárias do governo sobre a PEC. O discurso, externado até pelo relator do projeto, deputado Arthur Maia (PPS-BA), é de que o governo está perdendo a guerra da comunicação para os movimentos contrários, o que pode levar à desidratação da proposta.
O governo sabe que tem duras negociações pela frente. Por ora, a orientação é não ceder, deixando o grosso das concessões que puderem ser aceitas para a votação no plenário da Câmara, com poucas mudanças na comissão especial. Nesse sentido, o governo já intensificou as conversas com senadores, antecipando as demandas para evitar alterações no Senado, que levariam a nova rodada de votações na Câmara.

Outras Notícias

  • extra.globo.com

    Temer sanciona com vetos lei que regulamente terceirização

    em 03/04/2017 ás 10h40

  • g1.globo.com

    Protesto contra reforma da previdência fecha BR-262 no ES

    Manifestação de agricultores e familiares acontece em Venda Nova do Imigrante nesta quinta (30). Em João Neiva, na BR-101, trabalhadores também protestam.

    em 30/03/2017 ás 08h16

  • extra.globo.com

    Tarifa de energia deve cair 8% com ajuste após cobrança indevida em 2016, diz Aneel

    em 29/03/2017 ás 08h35

  • g1.globo.com

    Tenho conta na Caixa, mas não recebi o dinheiro do FGTS inativo. O que fazer?

    Um dos motivos para algumas contas inativas não terem sido creditadas automaticamente é que os dados do FGTS não estão iguais ao do cadastro da conta do beneficiário.

    em 28/03/2017 ás 08h16

  • http://oglobo.globo.com/economia/previdencia-retirada-de-servidores-estaduais-da-reforma-cria-impasse-juridico-21107089

    Previdência: retirada de servidores estaduais da reforma cria impasse jurídico

    Decisão pode gerar judicialização, segundo técnicos

    em 24/03/2017 ás 07h16

  • bbc.com

    Não é só com carne: leite com ureia e óleo em vez de azeite estão entre fraudes de alimentos no Brasil

    em 23/03/2017 ás 10h47

ENCONTRE-NOS

Avenida Brasil, 4312, Sala 1302 - 13º andar, Maringá - Paraná (44) 3031-9420 (44) 99863-0356 administrativo@soemga.org.br
SOE Maringá 2022 ©